APRENDER UM INSTRUMENTO MUSICAL
INSTRUMENTOS MUSICAIS
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O acordeão, cujo parente mais remoto nasceu na China, é um instrumento aerofone de origem alemã.
O seu som é produzido quando o ar que se encontra no fole passa pelas duas palhetas que constituem o instrumento, cuja vibração é mais grave ou aguda dependendo da distância entre elas – o som mais grave corresponderá, assim, à maior distância.
A sua versatilidade é tal que permite que o acordeonista seja definidor do ritmo e produtor tanto de harmonia como de melodia.
O seu timbre é estridente, possante e dinâmico, de uma doçura que tanto pode ser atrevida como langorosa.
A partir dos anos 70, conhece um renascimento através da música folk e é natural vê-lo a integrar os mais variados estilos musicais.
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O baixo, que pode ser acústico ou eléctrico, é a ponte entre os instrumentos melódicos e os instrumentos harmónicos, é presença constante nas bandas de rock, pop e jazz.
É um instrumento de cordas e a sua presença é tão forte quanto discreta, funcionando como pano de fundo, nem por isso secundário, da maior parte das bandas.
O seu timbre é profundo e de uma escuridão aveludada, própria de um instrumento que sabe que a sua segurança permite o brilho dos demais instrumentos.
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Em forma de pêra ou mais arredondado e pequeno do que a guitarra portuguesa, o bandolim é um instrumento de cordas cujas origens são italianas.
Extremamente popular, Vivaldi e Beethoven consagraram-lhe inúmeras peças.
O seu timbre é delicado e penetrante e pode ser ricamente trabalhado, como a sua utilização no choro brasileiro, onde a cor da sua tonalidade se torna extremamente refinada.
As tunas universitárias têm feito um notável trabalho na sua utilização, arrancando uma alegria ao bandolim, que o torna festivo e próprio de partilhas.
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A bateria é um conjunto de instrumentos de percussão (tambores e pratos) dispostos espacialmente por forma a serem tocados por apenas um músico, o baterista.
O seu som está associado às sonoridades primordiais e, simbolicamente, ao ritmo do Universo. É, por isso, um instrumento múltiplo, com raízes ancestrais. Hip-hop, rock, pop e jazz não a dispensam.
O seu som é muito diferente dos instrumentos considerados melodiosos, na medida em que a sua função é fundamentalmente rítmica. Como o seu som depende da vibração do material em que se bate, o timbre tanto pode ser acutilante como apenas produto de uma intensidade muito baixa.
É o instrumento indispensável a uma banda e, fazendo jus às suas raízes, o que se diz do seu som é ser capaz de tocar o homem profundamente.
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O cavaquinho é um instrumento de cordas de tamanho pequeno comparativamente à guitarra (viola), por exemplo, e é detentor de uma história riquíssima, que parte de Portugal para destinos tão diversos como o Brasil e o Hawaii, que recria o instrumento, assumindo o nome de ukelele.
O seu timbre depende de forma sensível da madeira de que é feito, como é típico nos instrumentos de pequeno porte, mas nem por isso é menos versátil: desde os chamados lamentos a temas alegres, o timbre do cavaquinho é vibrante, rindo e chorando talvez de tanto rir nas mãos de quem o toca.
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Instrumento musical de sopro, o clarinete oferece o desafio de 19 semitons para os apenas 10 dedos de que o clarinetista dispõe para tocá-lo.
O corpo do seu timbre é aveludado e a grande extensão de notas permitem jogos harmónicos que lhe valem um papel de destaque nas orquestras. O seu timbre seduz pela disparidade de cores que proporciona: desde a escuridão dos timbres mais graves, à explosão radiante na progressão rumo aos timbres mais agudos, o clarinete é presença indispensável na música da Europa, na Índia e particularmente na Turquia e na Grécia, onde reina na música tradicional e de onde migra para a Arábia para integrar a música pop.
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Semelhante ao acordeão, a concertina é um instrumento diatónico.
É um instrumento popular em muitos países e amplamente usado na música folclórica.
Os seus timbres oferecem uma variedade de cores em que a sobreposição de sons permite uma exploração de sons agudos e de sons graves que serve particularmente o ambiente festivo como instrumento solista, mas também a partilha de uma banda, onde pode facilmente ser integrado, pincelando a música com a sua nostalgia regional e a sua marca enquanto instrumento carregado de raízes populares.
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Sendo hoje fabricada em metal, o material de origem da flauta transversal é a madeira, pelo que continua a ser incluída na família das madeiras.
O seu timbre é, por excelência, doce, de uma suavidade que lhe granjeou a fama ilusória de encantadora de serpentes.
A particularidade da sua musicalidade entrelaça-se com a voz humana, com quem partilha a ondulação no ar. Diz-se que foi o primeiro instrumento musical a ser encontrado, o que transmite a quem aprende um legado histórico que acompanha a evolução da própria Humanidade.
Bastamente usada em orquestras sinfónicas, a flauta transversal tem a particularidade de permitir uma espontaneidade do som que resulta da própria forma de produção deste: através do conctacto com a boca e o sopro que daí advém, a flauta permite um virtuosismo quase natural, quer no seu registo mais agudo e brilhante, quer no seu registo mais grave e ténue, mas nem por isso menos encantador.
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A gaita de foles (também chamada de musette – o que nos leva de imediato para o universo da música enquanto prodígio das musas), é um instrumento de sopro.
Com uma história longa e abundante, a gaita de foles foi um instrumento de guerra e, em função dessa utilização militar pelos exércitos britânicos, a gaita de foles acabou por, certeira ou erradamente, ficar ligada no imaginário popular, às ilhas britânicas.
A história da pintura revela-nos que o seu timbre agrada tanto às populações mais modestas, como seria o caso da Idade Média, quanto às populações ditas de elite, sobretudo quando o instrumento sofre um processo de sofisticação durante o Renascimento e durante o Barroco. E como a história tem uma faceta irónica, com a chegada dos instrumentos de metal, a gaita de foles regressa às mãos populares.
O que gera outra ironia: a gaita de foles acaba por ser extremamente bem preservada precisamente por estar adstrita a determinados círculos, normalmente pastoris. Talvez por esse motivo, hoje em dia haja quem defenda a sua íntegra preservação – mas também quem a recrie, buscando nela um timbre rico, altamente agudo.
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A guitarra clássica é um dos instrumentos de cordas com uma longa história, dispersa pelos vários continentes e descendente do alaúde árabe.
É na Península Ibérica que este recebe as modificações que conduzirão ao nascimento da guitarra clássica.
Tal como é hoje, ela partilha inúmeras características com as demais guitarras e pode atravessar uma variedade grande de estilos musicais, quer no mundo da música popular, quer no mundo da música clássica.
O seu timbre é de uma doçura quente, que tanto pode ser metálica como suave – uma doçura própria de um instrumento que é necessário sentar no colo e abraçar.
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Pertencente à família das guitarras, o som das suas cordas, pois que é um instrumento de cordas, sofre uma amplificação electrónica. Isto faz da guitarra eléctrica um instrumento pleno de potencialidades sonoras, já que o seu timbre não é estático, podendo sofrer alterações que fazem dela um instrumento versátil. Não admira, assim, que percorra vários estilos musicais: rock, pop, blues, jazz. Vibrante e fino, o seu timbre desafia o ar, podendo parecer um violino ou uma harpa nas suas transparência e pureza sonoras – ou então apresentar uma sonoridade angular e desconstruída.
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O espectro sonoro e a complexa composição do piano torna-o tão versátil que a sua classificação nas famílias instrumentais não é unânime, o que lhe confere o fascínio da surpresa e, acima de tudo, uma polivalência que faz dele um dos instrumentos propedêuticos para a abordagem a outros instrumentos. Daí, também, que sirva tanto a música clássica como o jazz.
Apesar da distância precisa que existe entre pianista e o seu instrumento, a sua cor – o seu timbre – é enigmático, porque pode ser tanto cortante como fluído e é muitas vezes descrito como “quente”.
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O saxofone é um instrumento de sopro que tem a particularidade de não resultar da evolução de nenhum outro instrumento, o que lhe granjeia uma singularidade muito particular: ele foi intencionalmente inventado.
A sua riqueza tímbrica é reconhecida e o adjectivo mais comum para definir a sua cor seria “suave”, capaz de envolver o ouvinte através da sua agudeza própria de um chiado metálico. Por isso, não admira que seja o instrumento do e para o jazz. Com efeito, a sua expressividade doce está irremediavelmente associada ao jazz, ainda que, cada vez mais, seja integrado em outros estilos, a ponto de ter exercido a sua influência na própria música clássica.
A sua cor está intimamente dependente do estado de alma do saxofonista – talvez por isso o seu tom possa ser tão claro, quanto escuro. O que só pode significar um desafio tímbrico para aqueles que o elegem como companhia.
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Confundida facilmente com o violino, a viola d’arco, instrumento de cordas, é maior do que aquele seu gémeo falso. A diferença mais visível a todos, o tamanho, traduz-se na subtileza da sua identidade: é um instrumento do qual pode esperar-se a mesma finura de som, porém uma tonalidade mais misteriosa e grave. Sendo igualmente penetrante mas menos estrepitosa que o violino, a viola d’arco possui uma doçura que justifica talvez como, no século XIV, era já referenciada, nas suas formas ancestrais, de forma sugestiva, no Libro de Buen Amor. Porque o seu som é mais encorpado, a viola d’arco, diz-se, é como um tenor e está profundamente ligada a terras ibéricas e à sua medievalidade.
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Instrumento de cordas, o violino caracteriza-se pela agudeza do seu timbre, estridente mas capaz de produzir uma onda de veludo para quem o ouve.
Entre a suavidade e o lamento, entre a alegria do pizzicato e a simples utilização do arco, o violino requer a rectidão da postura e permite um contacto intenso com o instrumento e com a música devido à posição que ocupa no corpo que o toca. Talvez por isso seja tão fácil senti-lo como parte integrante do músico, como se de um laço de afecto se tratasse.
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Pertencente à família dos instrumentos de corda, o violoncelo tanto pode integrar orquestras como funcionar a solo.
É um instrumento de grandes dimensões que, apesar de ter a sua presença mais marcada na música clássica, começa a despontar já como possibilidade para vários estilos, desde o rock ao jazz.
A sua dimensão implica um contacto com o violoncelista como se este o abraçasse. É ele quem possui a maior extensão de todos os instrumentos de cordas e o seu timbre é intenso e penetrante, em virtude das suas cordas grossas.
O fascínio do seu timbre é poder ser tão forte quanto puro.
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A voz como instrumento corresponde à concretização e consciencialização das suas potencialidades sonoras, no sentido de permitir a sua expressividade e o conhecimento e treino das suas modulações.
De entre todos os instrumentos, ela emociona humanamente o público, na medida em que permite a união entre a música e a palavra rumo a uma expressão que não se vê – e que somente é sentida.
É o mais íntimo dos instrumentos pois o seu berço é o próprio corpo, o que faz com que o cantor seja a corporificação do seu instrumento. A emoção é a palavra chave e a aprendizagem correcta da técnica contribui para a exploração da sensibilidade do cantor.
A cor dos timbres é tão única como cada pessoa – o que faz da voz um desafio para o conhecimento de si diante dos outros.
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